Rss Feed Tweeter button Facebook button Youtube button


Leishmaniose: O cão é a vítima, não o vilão!

Escrito por Lain. Publicado em Animais, Bem Estar Animal, Leishmaniose | 7779 visualizações

Olá pessoal. Hoje quero compartilhar com vocês uma mensagem que recebi e que me deixou extremamente feliz! Há alguns meses atrás recebi um e-mai de um rapaz relatando que seu cão Astor estava diagnosticado com Leishmaniose. Ele pedia por orientação acerca do tratamento, pois Astor, um Rottweiler de 4 anos de idade tinha um significado muito grande para a família. Obviamente que sou a favor do tratamento e estimulo os donos a procurarem ajuda quando sinto que eles terão responsabilidade e comprometimento com o animal. Mas porque tratar, se a recomendação da Portaria interministerial é eutanasiar os cães positivos? Simplesmente porque matar não resolve, e tratar sim!

Antes de continuar, gostaria de esclarecer melhor o meu ponto de vista. A leishmaniose é uma zoonose potencialmente fatal. Vários animais silvestres e domésticos albergam o protozoário, que  através de um vetor (mosquito), fecha o ciclo e transmite a doença ao homem. Um dos reservatórios é o cão. Pelo fato de o cão ser o animal mais próximo do homem, ele é tido como o principal vilão na transmissão da leishmaniose, e em função disso milhares de cães são eutanasiados todos os anos no Brasil.

Quem defende a eutanásia destes animais baseia-se no princípio de que ao exterminar o reservatório, acaba-se com a doença. A própria Portaria Interministerial 1.426 de 11 de Julho de 2008 afirma que:

Considerando que não há, até o momento, nenhum fármaco ou esquema terapêutico que garanta a eficácia do tratamento canino, bem como a redução do risco de transmissão;

Considerando a existência de risco de cães em tratamento manterem-se como reservatórios e fonte de infecção para o vetor e que não há evidências científicas da redução ou interrupção da transmissão;

Considerando a existência de risco de indução a seleção de cepas resistentes aos medicamentos disponíveis para o tratamento das leishmanioses em seres humanos; e

Considerando que não existem medidas de eficácia comprovada que garantam a não-infectividade do cão em tratamento, resolvem: (…)

Dessa forma, de acordo com a supracitada portaria, fica proibido o tratamento da leishmaniose visceral em todo o território brasileiro em cães infectados ou doentes, com produtos de uso humano ou produtos não-registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). É recomendada a eutanásia de todos os cães soropositivos ou doentes a fim de frear o avanço da doença e quabrar a cadeia de transmissão.

Porém, vale ressaltar que a Portaria tem pontos falhos e que não condizem com a realidade. Já foi provado que a eutanásia não se constitui em um método eficiente para frear a doença, pois o cão não é o único reservatório do Leishmania sp. Além disso, o mosquito é peça principal na transmissão, e sem ele o ciclo não ocorre e não tem doença. Portanto, devemos exterminar os mosquitos, e não o cão. Outro ponto que merece consideração é a respeito do tratamento. Se sabe hoje que o tratamento de cães com leishmaniose é efetivo, melhora significativamente a qualidade de vida do animal e quando associado ao uso de medidas preventivas como coleiras repelentes e vacinação,  reduz expressivamente a infectividade. Este texto, escrito pelo Médico Veterinário Prof. André Luis Soares da Fonseca, M.Sc., Abordagens atuais no Tratamento da Leishmaniose Visceral Canina deixa bem claro estes aspectos. Já existem vários estudos que mostram inclusive a eliminação de todas as formas do Leishmania sp do cão, ocorrendo negativação no exame parasitológico, ou seja, o cão deixa de ser reservatório da doença. A vacinação também se constitui em um importantíssimo meio de prevenção, e estudos já mostram que cães vacinados são significativamente menos suscetíveis a contrair e também a transmitir a doença:

• Silva et al. 2001. A phase III trial of efficacy of the FML-vaccine against canine kala-azar in an endemic area of Brazil (São Gonçalo do Amaranto, RN). Vaccine: Esse estudo conclui que 92% dos cães vacinados apresentam proteção quando naturalmente desafiados versus 67% do  grupo controle.
.
• Parra et al. 2007. Safety trial using the Leishmune® vaccine against canine visceral leishmaniasis in Brazil. Vaccine: Esse estudo conclui que 97,3% dos cães vacinados apresentam-se saudáveis após dois anos da vacinação.
.
• Saraiva et al. 2005. The FML-vaccine (Leishmune®) against canine visceral leishmaniasis: A transmission blocking vaccine. Vaccine: Esse estudo conclui que anticorpos de cães vacinados previnem o desenvolvimento das formas promastigotas no flebotomíneo. Assim, a vacina seria bloqueadora de transmissão.

Bem, pontos de vistas devidamente esclarecidos, voltemos ao e-mail em questão. Quando o rapaz me escreveu sobre o Astor, ele estava ansioso e esperançoso de conseguir salvá-lo. Alguns meses se passaram e recebo a seguinte notícia:

Enviado em: qui 15/12/2011 09:39

Para: leotinna@yahoo.com.br

Oi Leo, Tinna, bom dia! Tudo bem com vocês?? lembram do Astor, meu cachorro que estava com Leish e vocês me incentivaram a cuidar dele? eu e minha familia estamos muito felizes, pois ele melhorou! ele toma os remédios diariamente ainda, o veterinário vem de vez em quando pra checar, mas ele está perfeitamente bem! Em anexo segue algumas fotos dele, e fiquem a vontade para colocar no mural sim!!!
Abraços!
Vinicius

Este e-mail me deixou extremamente feliz! É maravilhoso receber esse tipo de notícia e ter a certeza de que estamos no caminho certo, que a informação é a nossa maior arma, que educando e esclarecendo conseguimos mudar conceitos e atitudes. Veterinários, não tenham medo, tratem. Hoje, assim como o Vinícius, já existem muitos proprietários alcançando, mesmo que na justiça, o direito de permanecer com o cão e tratá-lo. Não se omitam, se informem, a omissão e falta de informação é o pior dos problemas. Aos proprietários, tenham em mente que a permanência do cão é um direito seu, que a vigilância sanitária não tem poder de lei para levar o animal à força e que tratar é possível sim e trás uma melhora considerável na qualidade de vida do animal. Portanto se o seu cão tem tanta importância em sua vida quanto tem o Astor na vida do Vinícius, não o mate: TRATE.

Seguem agora algumas fotos do lindo Astor, tratado e curado! Vejam que coisa mais linda!!!! Parabéns, Vinicius, por não ter desistido do seu amigão!



Meu cão Velhinho

Escrito por Leonardo (online). Publicado em Animais, Bem Estar Animal, Novidade | 6976 visualizações

Oie pessoal!! Recentemente descobri um site muito legal que fala sobre cães idosos. Quem me conhece sabe que eu sou particularmente apaixonado por animais velhos. Sim, isso mesmo: velhotes, idosos, velhinhos, terceira idade, todos eles! Adoro, pois são animais frágeis, maduros, educados e merecedores de todo o amor e cuidado do mundo. Abandonar um animal ou maltratá-lo em função de sua idade avançada é um ato covarde e repugnante. Animais idosos merecem cuidados especializados até o final da sua vida. Jamais, em hipótese alguma devem ser punidos por comportamentos inadequados originados pela velhice. Devem receber dieta especial e revisões veterinárias periódicas a fim de detectar e tratar problemas de saúde. Devem ser tratados com paciência e respeito, pois já não ouvem mais tão bem, sua audição já não é a mais a mesma e muitas vezes surgem problemas de locomoção, entre vários outros.



Palestra sobre Nutrição de Felinos – Grupo Organnact

Escrito por Leonardo (online). Publicado em Animais, Novidade | 4915 visualizações

Muito interessante, e como eu sou fã dos produtos Organnact (não recuso meu palitinho probiótico jamais), achei legal compartilhar com vocês esse trabalho da galera Organnact.


Palestra sobre felinos é realizada na Universidade Castelo Branco (RJ)

No dias 25, 26 e 27 de outubro foi realizado na Universidade Castelo Branco a palestra “A importância da suplementação em felinos”. Ministrada pelas veterinárias da Organnact Bianca Mendes e Bárbara Michalski a palestra fez parte do Fórum UCB, no qual contou com a presença de 200 estudantes de medicina veterinária e profissionais da área. Durante os três dias de evento o Grupo Organnact ainda marcou presença com um estande onde os estudantes puderam tirar dúvidas e receber maiores informações sobre os produtos. Para mais informações entre em contato pelo telefone (41) 2169-0411 ou acesse www.organnact.com.br.



Regras de Etiqueta para gatos inexperientes!

Escrito por Leonardo (online). Publicado em Animais | 2886 visualizações

1. Se você tiver que vomitar, pule rapidamente no sofá. Se o sofá estiver longe demais, procure um bom tapete.

2. Determine logo qual é a visita que detesta gatos e sente no colo dela durante toda a noitada. Ela não terá coragem de empurrá-lo para o chão e pode ser até que venha a dizer “Gatinho bonito!”. Se você estiver com bafo de comida de gato, melhor ainda.

3. Para sentar no colo ou se esfregar em perna de gente usando calça comprida, escolha de preferência cores contrastantes com as suas.

4. Acompanhe sempre as visitas que vão ao banheiro. Não é necessário fazer nada. Basta sentar e ficar olhando.

5. Trate as visitas que digam “Adoro gatos!” com total desprezo e esteja pronto a unhar suas meias ou, eventualmente, morder seus calcanhares.

6. Não permita portas fechadas em comodo algum. Para abrir uma porta, apóie-se nas patas traseiras e bata nela com toda força que tiver nas dianteiras. Quando a porta for finalmente aberta para você, não é necessário usá-la; você pode mudar de idéia tranqüilamente. Quando você ordenar a abertura de uma porta que dê para fora, pare exatamente no meio do caminho, entre a porta e o vão e aproveite para pensar sobre diversas coisas. Isso é particularmente importante em noites muito frias,e em épocas de mosquitos.



Quando a proteção ultrapassa seu limite.

Escrito por Lain. Publicado em Animais, Bem Estar Animal, Novidade | 4810 visualizações

Oie pessoal. Nossa, faz tempo que eu não atualizo o Blog…muita correria, faculdade recheada de provas e trabalhos, fora os plantões do hospital…somando tudo, o tempo livre é quase nenhum, portanto o blog e o site andaram bem parados nos últimos tempos. Mas como tudo na vida passa, finalmente conseguimos transpor a primeira etapa de provas, e entre mortos e feridos, acho que todos sobrevivemos, rs. Então resolvi dar uma mexida no site, aproveitando alguns dias de folga dos estudos. Para começar, escrevi sobre Colecionismo Animal. Qual é o limite que transforma um protetor em um colecionador de animais? Fazia tempo que essa história me encomodava por conta de alguns tópicos no orkut e no facebook de pessoas exigindo ajuda por estarem com vários animais em casa sem ter como cuidar. Simplesmente porque eu acredito e defendo que, a partir do momento em que você opta por se responsabilizar por um animal, você precisa também arcar com todas as necessidades dele. Mas muita gente acha que é só retirar das ruas, e o resto fica por conta de veterinários, poder público, ONGs, amigos e vizinhos.