It’s only Rock’n'Roll…But I love it.
Oie pessoal!! Hoje resolvi falar sobre uma das coisas que eu mais amo no mundo, depois de animais e brigadeiro de microondas: Música. Bem, não é somente música na verdade. Falo do bom e velho Rock’n'Roll, nascido nos Estados Unidos na década de 50.
Inovador e diferente de tudo que já tinha ocorrido na música, o rock unia um ritmo rápido com pitadas de música negra do sul dos EUA, e o country. Uma das características mais importantes do rock era o acompanhamento de guitarra elétrica, bateria e baixo. Com letras simples e um ritmo dançante, caiu rapidamente no gosto popular. Apareceu pela primeira vez num programa de rádio no estado de Ohio (EUA), no ano de 1951.
A rock na década de 50: primeiros passos
É a fase inicial deste estilo, ganhando a simpatia dos jovens que se identificavam com o estilo rebelde dos cantores e bandas. Surge nos EUA e, embora muito criticado na época como sendo a ‘música do diabo’, conquista o coração dos jovens americanos e, em pouco tempo, espalha-se pelo mundo. No ano de 1954, Bill Haley lança o grande sucesso Shake, Rattle and Roll. No ano seguinte, estoura no cenário musical o rei do rock Elvis Presley. Unindo diversos ritmos como a country music e o rhythm & blues. Em janeiro de 1956, Elvis Presley lançaria o single Heartbreaker Hotel, atingindo vendas extraordinárias. Nesta década, outros roqueiros fizeram sucesso – exercendo grande influência no rock’n’roll da época – como, por exemplo, Chuck Berry (Maybellene, Roll Over Beethoven e Johnny B. Goode), Jerry Lee Lewis (Great Balls of Fire, High School Confidential e Whole Lotta Shakin’ Goin’ on) e Little Richard (Long Tall Sally, Tutti-Fruti e God Golly Miss Molly).
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• Jerry Lee Lewis – Whole Lotta Shakin’ Goin’ on
O rock nos anos 60: rebeldia e transgressão
Nesta fase, destacam-se a invasão britânica, nos anos de 64-66 e o verão de 1967, conhecido como o Verão do Amor e uma época marcante do movimento hippie. Influenciados Rock americano, por toda a Inglaterra garotos começaram a formar suas próprias bandas. Enquanto que algumas faziam grande sucesso somente na Inglaterra, como, por exemplo, The Shadows, elas possuíam pouca expressão fora da Grã-bretanha, até que surgiram os Beatles. Em pouco tempo, os Beatles estouraram não somente na sua terra, como também através do Atlântico. Em janeiro de 1964, “I wanna hold your hand” chegou ao topo das paradas americanas, e em 9 de fevereiro, em sua primeira viagem aos Estados Unidos, a apresentação dos Beatles no The Ed Sullivan Show alcançou o maior índice de audiência até então da história da televisão: 45% dos telespectadores americanos assistiram aquela apresentação. Seguindo os passos dos Beatles, vieram uma série de outras bandas britânicas: The Rolling Stones, The Animals, The Yardbirds, The Kins, The Zombies, The Who, entre outras.
Em 1967, a contracultura hippie ganha espaço quando aproximadamente 100.000 pessoas de todos os cantos do mundo se reúnem no distrito de Height-Ashbury, nas vizinhanças de São Francisco, e realizam uma rebelião cultural e política. No mesmo ano, realiza-se o Monterey Pop Festival, reunindo um público de mais de 60.000 pessoas e popularizando bandas e músicos que se tornariam símbolo dos anos 60, como Jimmi Hendrix Experience, Jefferson Airplane, Janis Joplin e The Mammas and the Pappas. Além destes, surgiram grupos incônicos como The Doors, Greatefull Dead e The Byrds. No final da década, em 1969, o Festival de Woodstock torna-se o símbolo deste período. Sob o lema “paz e amor“, meio milhão de jovens comparecem no concerto que contou com a presença de nos americanos como Jimi Hendrix, Janis Joplin, Santana, e representantes da invasão inglesa como The Who e Tem Years After.
Nesta mesma época, recebe uma pesada influência da folk music e rock ganha fortes tons políticos e pacifistas nas canções de Bob Dylan e Joan Baez, bem como os canadenses do Buffalo Springfield, que revelaria o talento Neil Young, que posteriormente segue uma bem sucedida carreira solo. Vale lembrar que 1966 marca o lançamento do primeiro disco da Mothers of Invention – Freak Out- banda liderada por Frank Zappa e que misturava elementos de música clássica, música de vanguarda e rock dos anos 50.
• The Who – See Me, Feel Me — Live at Woodstock 1969
• The Who – My Generation [Live]
• Jimmy Hendrix - Voodoo Child
• The Animals – House of the Rising Sun (1964)
• The Rolling Stones She’s A Rainbow
• Frank Zappa – Muffin Man – Live 1977
• Bod Dylan | Like a Rolling Stone (Live 1966)
O rock nos anos 70 : heavy, progressivo, glam e punk
Nesta época o rock ganha uma cara mais popular com a massificação da música e o surgimento do videoclipe. Surge também uma batida mais forte e pesada no cenário do rock. É a vez do heavy metal de bandas como Led Zeppelin, Black Sabbath e Deep Purple. Além disso, dois movimentos contrastantes marcam esta década. Por um lado, o rock progressista, com shows grandiosos, virtuosismo técnico e influências de música clássica de bandas como Pink Floyd, Yes, Emerson, Lake and Palmer, Genesis e Gentle Giants. Por outro lado, surge Punk, com letras raivosas e renegando músicos que, aos olhos de muitos, ‘não sabiam tocar seus instrumentos’, no qual faz grande sucesso o Sex Pistols.
Outra tendência na época é o Glam Rock, de músicos com roupas, maquiagem e cabelos extravagantes e aparência andrógina como David Bowie e T.Rex. Também nos anos 70 surgiria o Queen, que posteriormente viria a se tornar uma das mais bem sucedidas bandas de rock da história.
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• Pink Floyd | Confortable Numb
Anos 80: um pouco de tudo no rock
A década de 1980 foi marcada pela convivência de vários estilos de rock. O new wave faz sucesso no ritmo dançante das seguintes bandas: Talking Heads, The Clash, The Smith, The Police. Surge em Nova York uma emissora de TV dedicada à música e que impulsiona ainda mais o rock. Esta emissora é a MTV, dedicada a mostrar videoclipes de bandas e cantores. Começa a fazer sucesso a banda de rock irlandesa chamada U2 com letras de protesto e com forte caráter político. Formada em Dublin, Irlanda no ano de 1976, é uma das mais populares bandas de rock do mundo desde a década de 80. Os seus concertos são únicos e um verdadeiro festival de efeitos especiais, além de ser uma das bandas que mais arrecadam anualmente. As vendas já atingem em torno de 150 milhões de discos no mundo inteiro, já ganharam vinte e dois prêmios Grammy Awards, estão entre as bandas que mais aparecem no ranking da Lista dos 200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame, estreando em 5º lugar o álbum The Joshua Tree (1987); 45º lugar, o álbum Achtung Baby (1991); e 197º lugar, All That You Can’t Leave Behind (2000). Em 2003, foi feita a lista das 500 melhores canções de todos os tempos da Revista Rolling Stone, obtendo 8 canções no total, estando atrás de outros ícones como The Rolling Stones com 14 canções, Bon Jovi com 9, e The Beatles, com 23 canções.
Além da empreitada musical, eles são também conhecidos pela sua participação ativa em causas políticas e humanitárias, em especial o líder da banda, Bono. Ele tem participado ativamente em várias campanhas e apelado a líderes do mundo inteiro a fim de obter apoio na sua luta contra a fome, sobretudo nos países mais pobres. Essa “obsessão” de Bono levou a incomodar os membros do grupo e quase levou o U2 ao fim em tempos passados. Porém, isso foi revertido e ele conta com o apoio deles na sua causa. O U2 foi eleito em 2011 pela revista Rolling Stone como a banda de rock mais cara do planeta e tendo como sua turnê sendo a mais bem sucedida da história do rock. Seguindo um estilo pop e dançante, aparecem Michael Jackson e Madonna.
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• U2 | Breathe (Opening 360º Tour RoseBowl)
• U2 And Mary J Blige – One – 48th Grammys
• Paul Mccartney & Micheal Jackson – Say Say say. Top Of The Pops 1983
• The Clash – London’s Burning (live)
Anos 90: década de fusões e experimentações
Esta década foi marcada por fusões de ritmos diferentes e do sucesso, em nível mundial, do rap e do reggae. Bandas como Red Hot Chili Peppers e Faith no More fundem o heavy metal e o funk, ganhando o gosto dos roqueiros e fazendo grande sucesso. Surge o movimento grunge em Seattle, na California. O grupo Nirvana, liderado por Kurt Cobain, é o maior representante deste novo estilo. R.E.M., Soundgarden, Pearl Jam e Alice In Chains também fazem sucesso no cenário grunge deste período. O rock britânico ganha novas bandas como, por exemplo, Oasis, Green Day e Supergrass.
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• Pearl Jam – Alive and Rockin’ In the free world live in Porto Alegre 2011
• Oasis – Stop Crying Your Heart Out
Enfim, um pouco de história do Rock, que se funde á minha história de vida. Comecei a ouvir música ainda bem pequena, com cerca de 6 ou 7 anos de idade. Fui muito bem doutrinada por um primo mais velho, que mantinha seu quarto recheado de pôsteres de bandas de Rock dos anos 70 e 80. Kiss, Queen, Iron Maiden, Alice Cooper, The Who, Beatles entre vários outros. Eu adorava entrar lá, adorava ouvir música enquanto eleme ensinava quem era um e quem era o outro. Comecei com Queen, aos 7 anos, mas minha paixão pela banda estourou de verdade em 1986, quando foi lançado o “A Kind of Magic”, eu tinha 10 anos. Eu gostava muito de AC/DC também, um som mais forte e pesado, depois Iron Maiden, Alice Cooper e Kiss. Eu ouvia direto em casa, na aula, em todo o lugar. Aos poucos foram surgindo novas tendências. Com cerca de 15 anos (talvez menos) o U2 apareceu na minha vida, e pasmem, eu detestava. Achava a banda fraca e o Bono muito chato (que ele jamais descubra isso). Uma amiga amava eles, e sempre que eu ia visitá-la, me deparava com revistas e fitas K-7 da banda, o que me irritava profundamente. Até que finalmente ela me convenceu a ouvir um álbum, devia ser o Boy, creio eu. Ouvi, gostei e hoje é a banda que eu mais venero, quem me conhece sabe. Amo tanto a banda a ponto de tatuar em meu corpo uma homenagem à eles. Sigo fielmente o Bonoteísmo, pois Bono na minha opinião não é apenas o líder da banda folk mais barulhenta do mundo, mas sim o maior ícone social e político que existe no mundo atualmente.
Bem, mas existe um espacinho no meu coração dedicado à outras grandes bandas. Deep Purple, The Who, Aerosmith, Guns and Roses (que eu vi nascer e vi morrer, infelizmente), Stones, Beatles, Doors, Bon Jovi, David Bowe (o cara que fez Space Oddity, eu o respeito muito por isso), R.E.M. (que não deveria ter acabado nunca), Zappa, Pink Floyd (sonho de ver Rogers Waters no Morumbi em 2012), Led Zepellin e muitos, muitos outros.
A música, portanto, rege a minha vida desde sempre. Mas definitivamente, precisa ser rock. O que, muitas vezes me coloca em situações nada agradáveis. Acho que sou tida como “ovelha negra” entre meus amigos, que só ouvem “clássicos” do Sertanejo Universitário. Por favor, não me entendam mal, gosto não se discute, mas algo que realmente me deixa muito mal é ouvir sertanejo universitário, pagode, samba, axé ou coisas afins. Perco o bom senso, me irrito, xingo e saio correndo. Detesto. E em função disso, as festas da faculdade não rolam, pois é só o que toca. Sair com amigos? Nem pensar, pois só ouvem isso. Minhas colegas da faculdade sonham em conhecer o Mano Lima, eu sonho em conhecer Mick Jagger (era o Bono, mas esse eu já conheço, amém). Elas sonham em viajar para uma praia paradisíaca, eu sonho em me espremer dentro de um estádio com, no mínimo, 50 mil pessoas, de preferência na grade, mal podendo respirar e sem dar a mínima para as 12 horas “obrigatórias” sem comer, sem beber e sem fazer xixi, requisitos mínimos para quem deseja um lugar especial na frente do palco.
Falando em palco, esse foi um ano épico. Tudo começou em Abril, mais precisamente no dia 09 de abril de 2011! O dia em que eu fui no show do U2. Um sonho guardado de quase 25 anos, e acreditem, valeu cada segundo. A tour 360º foi considerada como a maior do mundo até hoje, contando com um palco gigantesco em 360 graus. Um espetáculo nunca antes visto na história da música. E eu estava lá, junto com mais 100.000 fãs alucinados e desesperados. Acampei na fila, fiz amigos incríveis, corri muito na abertura dos portões, consegui o sonhado Inner Circle e fiquei de frente para o palco. O show foi lindo, conheci os meninos do Muse (gosto muito) e finalmente meus Deuses entraram em cena! A banda totalmente entrosada, simpáticos e carismáticos, mostraram e provaram que são mesmo a maior e melhor banda do Mundo. Bono estava perfeito…e eu fui a pessoa mais feliz do mundo naquelas duas horas.
Bem, depois da minha experiência de estádio, nada melhor do que repetir a dose, certo? Em setembro, Rock in Rio, Red Hot Chili Peppers, outra banda que eu gosto demais. Ingresso comprado no impulso, passagens agendadas, hospedagem garantida (agradeço à Patrícia e Família, maravilhosos e queridos). Um festival ao ar livre, em uma “cidade” montada às márgens da Lagoa de Jacarepaguá, era a realização de um sonho. Tudo saiu conforme planejado, fui ao evento sozinha e saí de lá com amigos muito legais. É impressionante o que o rock’n'roll faz com as pessoas. É diferente de todos os outros estilos musicais, fã de banda de rock é família, é irmão, se ajuda, sofre, chora, se espreme na grade junto, é maravilhoso. Enfim, o show do Red Hot foi ótimo, e a experiência do RIR foi tão boa que para 2012 já tenho planos de participar em todas as noites.
Depois dessa o ano poderia estar perfeito, não? Quase. Chega o anúncio oficial da vinda do Peal Jam ao Brasil. Fiquei sabendo através de um professor da faculdade durante uma prova, ele se aproximou de mim e eu gelei, rs. Coisa boa não podia ser! Mas era: “O Pearl Jam está vindo ao Brasil, e tocará em Porto Alegre dia 11 de novembro!” Bastou para a empolgação crescer a ponto de chegar em casa e correr ao computador providenciar o ingresso! Novamente foi no impulso, e quando me dei conta, lá estava o ingresso em mãos e mais um show a caminho! Comprei passagem em excursão, saímos ainda de manhã e chegamos lá no meio da tarde. Fiz novos e bons amigos. Pessoas que não vou esquecer, porque passaram momentos especiais ao meu lado. Entramos no estádio, corremos em direção ao palco, pegamos grade. Como já dito anteriormente, os requisitos foram cumpridos: horas em pé no sol, sem comer, sem beber nada para não precisar ir ao banheiro. Mas valeu cada segundo, cada centavo, todo o cansaço foi recompensado quando a banda entrou no palco, a apenas alguns metros de nós. Foi um show memorável, quase 3 horas, 32 músicas e dois encores. Com direito ao português péssimo do Vedder e a volta olímpica dele na pista, quando conseguimos tocá-lo e infartar de tanta felicidade.
Agora sim parece que o ano (e os shows) acabam. Mas rockeiro que se preza não fica parado muito tempo. Em abril de 2012 teremos Roger Waters em SP, quer dica melhor? A tour baseada no filme “The Wall” com direito até ao muro, montado todinho no palco. Mas até lá tem tempo…por enquanto fico com as lembranças de um ano inesquecível regado à muita música boa. Foi o ano do U2…o ano do Rock in Rio…o ano em que peguei na mão de Eddie Vedder.
Afinal como diria o grande Mick Jagger: “É apenas Rock and Roll…mas eu GOSTO!” E como gosto!
PS: agradecimento especial ao meu irmão Sérgio, que também sabe curtir uma boa música, pela edição de texto, revisão e sugestões de vídeos.
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