Rss Feed Tweeter button Facebook button Youtube button

Posts Tagged ‘gatos’



Eu preciso mesmo cruzar meu cão?

Escrito por Leonardo (online). Publicado em Animais, Bem Estar Animal, Criação de Animais, Proteção Animal | 11878 visualizações

Olá pessoal!! Fazia um tempinho que não saía postagem nova, mas com a chuva que insiste em cair lá fora, acabando de vez com as aventuras do final de semana, acabei me inspirando pra falar sobre um assunto que eu considero importantíssimo…Hoje surgiu uma polêmica porque eu postei que era totalmente contra essa história de “mimimi, minha cadelinha morreu no parto”. Pergunto: porque colocar o animal em cruzamento então? Cadelas/gatas só morrem durante o parto porque logicamente emprenharam! E se emprenharam, das duas uma: ou foi acidental (animal de rua) ou foi permitido pelo dono, e é exatamente aí que mora o problema. Então vamos tentar entender um pouco mais sobre cruzamentos e talvez vocês entendam também o motivo de toda a minha indignação!

Ok, vamos então começar bem do começo! Você chega e me diz: “Quero cruzar meu animal de estimação!!” E eu te pergunto:  “por quais razões você quer fazer isso? É mesmo necessário este cruzamento?” Vamos ver as respostas:

 - Quero cruzar meu animal porque eu sempre sonhei em ter um filhotinho em casa! Ok, primeiro erro! Isso não é motivo para você cruzar seu animal, sabe porque? Primeiramente, porque filhotinhos existem aos montes por aí aguardando ansiosamente por um lar responsável. E em segundo lugar, porque ao colocar seu animal para cruzar, não nascerá apenas UM filhote…serão 3, 5, 8 ou até mesmo 10, dependendo do porte do animal. Então você pára e pensa: o que fazer com tanto animal? Você acha que eles serão filhotes para sempre? De forma alguma….irão crescer, necessitarão de comida, remédios, vermífugos, vacinas, castrações e principalmente, bons donos. Portanto se seu desejo é apenas ter um filhote fofo dentro de casa, pense mil vezes antes de colocar seu cão ou gato pra cruzar. Ao invés disso, adote um!

– Quero cruzar meu animal porque ele é lindo, saudável e é um desperdício não permitir que ele deixe descendentes! Ótimo, outro grande erro. Para que você entenda então, vamos falar um pouco sobre genética! Quando um animal é reproduzido (e isso vale para qualquer animal, inclusive para nós, humanos), ele transmite uma carga genética para seus descendentes. Metade dessa carga genética vem da mãe, e a outra metade vem do pai e juntas, constituirão a carga genética dos descendentes (filhos). E o que essa carga genética determina? TUDO. Cor da pelagem, temperamento, cor dos olhos, tamanho, cor da pele, altura, tamanho da pelagem, se ela é lisa ou ondulada, se ela é macia ou mais durinha, se o animal terá manchinhas redondas ou triangulares no corpo, tamanho das patas, presença ou não de rabinho…a carga genética determina também todo e qualquer tipo de doenças que os descendentes poderão vir a desenvolver ao longo de toda a sua vida: luxações de patela/quadril, atopia (e outras doenças de pele), doenças renais, doenças hepáticas, alterações graves de comportamento, cegueira, surdez, alterações cardíacas, alterações estruturais ósseas ou articulares, desvios do padrão da raça entre muitas outras coisas. E o pior de tudo isso: nem sempre os pais precisam ter esses problemas para que seus filhos venham a ter. Existe uma série de doenças transmitidas por genes RECESSIVOS, ou seja…os pais possuem o gene, mas não possuem a doença. Porém ao passarem o gene a seus descendentes, esses sim desenvolverão a doença. E cada vez que houver cruzamento, mais e mais filhotes nascerão doentes. Em resumo então para que todos entendam: pais saudáveis não necessariamente darão origem a filhotes saudáveis!

Cão atópico resultante de cruzamento mal planejado

 - Mas eu levei meu animal no veterinário, ele fez alguns exames e até um hemograma. Deu tudo normal! Ledo engano…o animal está “normal” do ponto de vista clínico e laboratorial, mas isso não é o suficiente para determinar a aptidão de um animal para gerar descendentes 100% saudáveis. Somente se consegue essa certeza fazendo seleção e mapeamento genético! São técnicas avançadas, exames especializados realizados por criadores experientes que dedicam suas vidas a reproduzirem animais geneticamente saudáveis e que irão gerar filhotes igualmente saudáveis. Filhotes que são vendidos por um preço alto, mas que darão ao dono a máxima probabilidade de crescerem felizes por toda a vida. E se você está lendo isso e é médico veterinário, por favor colega…oriente seus clientes a não sairem por aí procriando seus animais de estimação, mostre os riscos e desestimule criações de fundo de quintal!

– Mas se eu não cruzar meu animal, logo os cães e gatos desaparecerão…e eu não quero isso! Não se preocupe, esse é um risco que não se corre. Existem muitos cães e gatos nesse mundo, especialmente no Brasil. E infelizmente, embora não seja algo necessariamente correto, cruzamentos indiscriminados continuarão existindo por muito tempo! Animais de rua procriam naturalmente sem que muitas vezes possamos evitar, e isso por si só já é responsável por um número altíssimo de animais. Mesmo recolhendo animais das ruas todos os dias, infelizmente muitos ainda nascerão. Além disso, existem muitos criadores sérios e experientes, que se dedicam a preservar os padrões raciais de cães e gatos. Pessoas que dedicam suas vidas a reproduzirem animais saudáveis. Se somente pessoas habilitadas reproduzirem seus animais, teremos no futuro cães e gatos mais felizes, com menos incidências de doenças genéticas degenerativas que causam dor e sofrimento.

 - Eu adotei um animal da rua, ele é lindo, é até de raça! Aproveitei então para tirar uma ninhada! Já falamos sobre as implicações genéticas de cruzamentos mal feitos. Agora imaginem um animal de rua, que não tem nenhum tipo de histórico de saúde? Sabemos de onde ele veio? Quem são ou foram seus pais? Se teve algum tipo de doença grave na infância? Será que não houve um parto distócico no passado? Será que este animal não foi abandonado justamente por ser doente ou ter um desvio comportamental? Poderia haver ainda um histórico de tumor venério transmissível (TVT), não? Então você resgata este animal das ruas, e ao invés de dar-lhe proteção e zelar pelo seu bem estar, você o submete a um cruzamento totalmente desnecessário! Você acha mesmo que essa foi a decisão correta? Eu acho que não…fora que tem toda a questão de proteção animal…você resgata um animal abandonado da rua e faz com que dele venham mais descendentes que poderão ir parar na mesma rua? Não faz nenhum sentido, faz?

 - Eu só vou cruzar meu animal porque meus amigos e familiares sonham em ter um filhote, serão ótimos donos! Esse é uma das justificativas que eu mais ouço: “todos os filhotes terão bons donos!” Mas quem lhe garante que isso será mesmo verdade? Você até pode evitar que estes animais sejam procriados, castrando-os antes de entregar, mas será que isso é suficiente? Não se esqueça da nossa conversa sobre genética! E se algum filhote desenvolver uma doença grave ao longo da vida? E se seu tio, irmão, amigo, vizinho ou namorado resolver passar o animal adiante? E se você não castrar antes de doar, quem lhe garante que esse animal não será reproduzido e irá gerar mais descendentes que poderão, no futuro, parar nas ruas? E se você, ao ficar sabendo de tudo isso, não se sentir nem um pouco responsável, lamento, mas é algo a se pensar!

 - Quero cruzar meu cão ou gato porque quando ele se for sentirei muitas saudades…ter um filhote por perto irá amenizar isso! Preciso confessar (e isso não será nada fácil) que um dia já pensei assim! Já quis ter um filhote de meu animal mais amado por pensar que teria um substituto quando ele se fosse. Mas eu me enganei e você também se enganará, garanto. Meu cão não foi cruzado, não deixou descendente e hoje eu me sinto grata por isso. Sabem por que? Porque por mais que se tente, um animal JAMAIS será igual ao outro. Lembrem-se de que se você procriar seu animal você terá no máximo 50% de chance de obter um filhote parecido com ele. Jamais você conseguirá um animal à altura daquele que você perdeu! Porque cada ser que amamos é único e insubstituível. Então, não procrie…quando seu animal amado se for, pense em tudo o que você significou na vida dele e em tudo o que ele significou na sua vida. Pense que vocês construíram uma vida feliz juntos e que agora é hora dele descansar e de outro animal receber todo o amor que você possa dar! Adote um animal e construa com ele uma linda história também, não uma história de substituição, mas uma história que complementará a anterior! Garanto que é a melhor coisa a ser feita e vocês serão igualmente muito felizes juntos.

Então, acho que era isso…tentei enumerar e rebater as principais justificativas que ouço quando alguém vem me dizer que quer procriar seu animal de estimação, e espero que de alguma maneira esse texto faça você parar para pensar….e quem sabe mais gente pense um pouco sobre isso? Porque o que precisamos é de mudança de mentalidade e a partir daí, mudanças de atitudes! Atitudes que irão refletir em mais bem estar e qualidade de vida para nossos animais.

Para finalizar, seguem dois textos sobre esse assunto que eu gosto bastante, um deles é de minha autoria, e ambos estão disponíveis no Portal Nosso Mundo!

- DEVO CRUZAR MEU CÃO?
QUERO CRUZAR MEU CÃO!

Texto escrito por Silvia Schultz | Médica Veterinária | CRMV – RS 12750. Permitida a reprodução desde que na íntegra e mantidos os créditos.



Abrigos de animais. Precisamos deles ou não?

Escrito por Leonardo (online). Publicado em Animais, Bem Estar Animal, Proteção Animal | 14289 visualizações

Olá pessoal. Mais um “Momento Léo Fox”, dessa vez com um toque bem grande de indignação…Hoje o assunto é ABRIGOS DE ANIMAIS, necessitamos deles ou não?

Juro que não consigo entender as pessoas que acham que colocar um cão em um abrigo superlotado onde ele mal consegue se mexer (isso se não morrer por um pouco de ração, ou por brigas, ou por pisoteio) é melhor do que deixá-lo na rua. A rua nem sempre é a pior opção, e é necessário entender isso com urgência. Vamos ver agora a diferença entre um abrigo de cães e gatos considerado “ideal” e os abrigos que dispomos atualmente:

Como deveriam ser:

 - Possuir bons gestores;

 - Prestação de contas e transparência financeira;

 - Número limitado e controlado de animais;

 - Doações de animais castrados e em boas condições de saúde;

 - Contar com assistência veterinária;

 - Não recolher mais animais do que a lotação ideal suportada;

 - Local seguro e higienizado;

 - Ter apadrinhamentos (ração, medicamentos, etc);

 - Animais separados por temperamento, idade, condições de saúde;

 - Possuir área para isolamento para o caso de doenças infecto contagiosas;

 - Fazer educação para a Guarda Responsável.

Como são:

 - Superlotação;

 - Espaço inadequado;

 - Falta de higiene;

 - Não possui nenhum tipo de fonte de recursos;

 - Não possui apadrinhamentos;

 - Animais são recolhidos sem controle;

 - Não são castrados, reproduzem-se indiscriminadamente;

 - Não há área para isolamento;

 - Os animais não são doados e ficam todos juntos no mesmo local (idosos, filhotes, adultos, doentes, saudáveis), e quando são doados, não existe a nevessidade de esterilização prévia;

 - Ocorrem brigas com freqüência;

 - Local do abrigo serve como desova para ninhadas e animais adultos;

 - Falta ração, faltam cuidados veterinários, falta controle sanitário.

.

Como podemos ver, portanto, os abrigos existentes por aí estão longe, muito longe de serem ideais. O que vemos com bastante frequência é um amontoamento de cães e gatos que mal conseguem se mexer, não possuem o mínimo de condições de bem estar, não comem adequadamente, não recebem cuidados veterinários, brigam, matam ou morrem. Não castrados, reproduzem-se desenfreadamente. Não havendo captação de recursos, sugem os apelos desesperados nas redes sociais, implorando por ração, remédios, roupinhas, caminhas etc. Não há higiene, cães e gatos vivem entre seus próprios dejetos. Não há área de isolamento, ocorrendo os surtos de cinomose e parvovirose (cães), PIF, FIV, FeLV (gatos). Ao tornar público o local do abrigo, ninhadas e mais ninhadas são desovadas, contribuindo ainda mais para a superlotação. Muitos donos dos abrigos se recusam a doar os animais alegando apego, o que acaba levando ao colecionismo. Os animais sofrem, sentem medo, são intimidados uns pelos outros, não conseguem comer direito, nem beber água, nem dormir, não brincam, não se distraem…e ainda tem gente que acredita que essa é a melhor opção.

Pois não é. Abrigos são de longe a melhor opção, estão entre as piores, na verdade.

Mas aí você pode estar se perguntando nesse exato momento: “sim, mas se abrigos não funcionam, o que fazer então? Deixar o animal na rua?”

Muitas vezes a rua não é o pior local, se houver o mínimo de comprometimento por parte da proteção animal e da comunidade. Aí entra o conceito de C.E.D. (Captura, esterilização e devolução).  Fazer C.E.D. funciona, e trás mais bem estar ao animal, evitando procriação e mais filhotes abandonados. Retira-se o animal do seu local de origem, castra-o e devolve-se ao local de onde ele foi retirado. Exceções à isso são animais de risco, que estejam doentes ou sem condições de ser mantidos na rua, nesses casos é imperativo assistência veterinária e lar temporário até que a adoção se concretize. Mas cães e gatos em bom estado geral podem viver na comunidade sim! Obviamente que deve haver comprometimento de todos, e para isso existe a educação para a guarda responsável. Cada um se compromete, alimenta, cuida, dá carinho, atenção, banhos…não é preciso que apenas uma pessoa faça muito, mas se cada um fizer um pouco, já será o suficiente. Cães e gatos comunitarios castrados podem viver muito bem até que se consiga um lar responsável, sem que haja a necessidade de atirá-los em abrigos superlotados.

Então, você já tinha pensado nisso? Que existem sim alternativas à construção de abrigos, alternativas simples e baratas, que podem ser colocadas na prática desde que haja um pouquinho de comprometimento da parte de cada um? C.E.D., lar temporário, educação da comunidade para a guarda responsável, não procriação, não abandono…tudo isso são ideias fáceis e práticas que vão mudar a vida desses animais, podendo inclusive diminuir substancialmente os índices de abandonos e maus tratos que vivenciamos atualmente. PENSE NISSO, e faça a diferença. NÃO À ABRIGOS, SIM À CAPTURA, ESTERILIZAÇÃO E DEVOLUÇÃO DE CÃES E GATOS COMUNITÁRIOS.



Momentos Léo Fox – Criação de fundo de quintal

Escrito por Leonardo (online). Publicado em Animais, Bem Estar Animal, Criação de Animais | 9815 visualizações

Oie pessoal! Hoje, depois de muito tempo sem postar aqui, tive uma idéia legal…resolvi postar os “Momentos Léo Fox”, já conhecidos no facebook, em forma de pequenos posts, o que vocês acham?? Alguns são momentos revoltados, outros nem tanto, alguns são desabafos e tem também dicas bem legais de como cuidar dos nossos animais de estimação. Sei que estou bem ausente, mas prometo que passarei mais por aqui a partir de agora, falou? então vamos lá!


(Momento revolta do Léo Fox – narrado por Lain) Galera, hoje eu estava decidido a falar de consultas online, mas depois que eu voltei da academia e me deparei com um anúncio de venda de filhotes colado numa parede, me revoltei e vou deixar as consultas pra amanhã.

Bem, todo mundo sabe que sou terminantemente contra criações de fundo de quintal. Pois eis que saio da academia e dou de cara com um cartaz anunciando dois filhotes de Pequinês. O texto dizia mais ou menos assim:


“Somos dois filhotinhos da raça pequinês, e estamos à venda. O machinho sai por 600 reais e a fêmea sai por 1000 reais. Ligar para…”

Caralho meu…dois lindos filhotinhos, mas totalmente fora dos padrões da raça…anunciados em um cartaz colado na parede de uma lojinha de 1,99. Criação de fundão de quintal, sem pedigree, sem seleção de padreadores, sem controle genético, sem o mínimo cuidado, sendo vendidos pro primeiro que ligar e desembolsar 600 pilas (ou até menos, dependendo das negociações). Puta falta de respeito e vergonha na cara! Saporquê? Porque procriar cães e gatos vai além de simplesmente juntar uma fêmea e um macho bonitinhos. Porque doenças genéticas estão por trás desses cruzamentos e acabam passando para todos os descendentes, trazendo dor e sofrimento. Problemas respiratórios, hidrocefalia, luxação de patela são apenas alguns dos problemas a que esses filhotes estarão expostos, por pura incompetência e irresponsabilidade dos donos. Sem falar no padrão da raça, que é totalmente perdido. Sem falar nos problemas de comportamento, animais bravos ou anti sociais. Sem falar na quantidade de bicho abandonado que existe por aí. E nem venha com mimimi me dizendo que “eu não tenho nada a ver com isso”, porque a partir do momento em que vc procria um casal de cães ou gatos, vc é responsável por todos os filhotes que virão, a curto, médio e longo prazo. Portanto, sim….a culpa por tudo de ruim que vier a acontecer com eles no futuro, será SUA!

Então meu….sério…DEIXE CRIAÇÃO PRA CRIADOR. Limite-se a cuidar, zelar e respeitar esses animais e páre com essa mania de achar que o milagre da procriação é a coisa mais linda que existe. Só se for nos seus sonhos, ô mané!!

E tenho latido.
Obrigado! ò.ó



As festas de final de ano chegaram, e agora?

Escrito por Lain. Publicado em Animais, Bem Estar Animal, Festas | 13778 visualizações

As festas de fim de ano estão chegando, e uma grande preocupação de quem tem cães ou gatos são os fogos de artifício, que embora lindos, fazem um barulho capaz de deixar nossos pets desesperados! Então separei algumas dicas que poderão amenizar esse problema e deixar o final de ano um pouco mais tranqüilo.

A primeira dica é tentar dessensibilizar o animal. Esse método costuma funcionar bem com cães, especialmente se ainda forem filhotes, mas deve ser bem conduzido. O animal deve sentir total segurança por parte do dono, portanto não demonstre medo durante a queima de fogos, tampouco pegue o animal no colo para protegê-lo. Ao invés disso, haja naturalmente e com firmeza. O animal precisa saber que não há motivos para temer, então brinque muito e faça festa, dê petiscos e associe o barulho com alguma coisa boa. Mostre que não existe razão para pânico. É necessário ter muita paciência, pois alguns cães não modificam o comportamento de uma hora pra outra. Se for possível, faça esse procedimento sempre que tiver oportunidade, diante de quaisquer barulhos que costumam assustá-lo.

Florais também costumam ajudar nessas situações, mas devem ser administrados sempre sob supervisão de um profissional. Procure um veterinário que trabalhe com medicina alternativa e veja com ele a melhor opção para seu animal.

Porém, alguns cães não respondem bem à dessensibilização, então são necessários cuidados extras nesse período, que incluem acima de tudo segurança para evitar acidentes:

 - Durante os estouros dos fogos, jamais deixe o animal sem supervisão. Mantenha-o dentro de casa em um cômodo calmo e monitore-o para que ele não se machuque. Não o segure à força, muitos animais acabam mordendo e/ou arranhando em função do medo. Forneça brinquedos para que ele possa morder e se distrair, feche as janelas e ligue um rádio ou TV para tentar abafar o barulho.

 - Gatos devem ter à disposição um lugar para se esconder, como uma caixinha, por exemplo, pois diferentemente dos cães, eles preferem ficar isolados em algum local seguro. Não force brincadeiras ou contato, apenas deixe-o à vontade e observe-o para que não se machuque. Se mesmo tomando cuidado você for mordido ou arranhado, não castigue o animal, lembre-se de que ele está sofrendo e com muito medo.

 - Se seu cão vive no pátio e você não tiver como levá-lo para dentro de casa, certifique-se de que ele não terá como fugir, mantenha portões bem fechados, pois animais em pânico tendem a sair correndo e irem para a rua, o que poderá ser fatal. Observe-o o tempo todo, não o deixe sozinho em hipótese alguma, pois ele estará muito assustado. Forneça um local (casinha ou caixa) para que ele possa se abrigar. Retire a alimentação durante esse período, para evitar afogamentos (falsa via). Não o deixe preso por correntes, é muito comum enforcamentos e morte em função do pânico. Portanto novamente repito, a melhor dica é sempre mantê-lo dentro de casa, só o deixe no pátio se não houver outra alternativa.

- Não esqueça de usar sempre plaquinha de identificação no seu animal contendo nome e telefone para contato. Isso auxilia em caso de fuga e facilita a devolução do animal.

Esses cuidados são importantíssimos para manter seu animal livre de acidentes que podem custar-lhe a vida. Não descuide de seu melhor amigo, pois ele confia em você para viver bem e em segurança! Boas festas, e feliz ano novo!