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Além de prevenir doenças, a ESTERILIZAÇÃO garante o bem-estar dos animais e representa a única medida eficaz no controle das populações de cães e gatos
A palavra castração assusta. Não é raro o termo ainda ser ingenuamente associado à mutilação gratuita e à crueldade. Comprovações cientificas, entretanto, desmentem o preconceito e mostram que a esterilização previne vários problemas de saúde em animais domésticos. “Em cadelas, a cirurgia diminui os riscos de doenças uterinas e, se feita antes do primeiro cio, praticamente exclui o risco de câncer de mama”, explica a médica veterinária Rita Garcia, assessora do Programa Saúde Animal da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo. “Já nos machos, evita a hiperplasia da próstata e a ocorrência de tumores de testículo”, alerta Dra. Rita. A castração também poupa o animal de algumas reações instintivas ligadas ao sistema reprodutor. Os machos ficam mais tranqüilos, pois deixam de produzir hormônios sexuais, que geram constantes inquietações decorrentes da impossibilidade de cruzar.
As vantagens da castração também se estendem aos gatos. As fêmeas não entram no cio, ficam menos propensas a problemas no sistema reprodutor e apresentam comportamento mais estável. Os machos perdem o hábito de urinar pela casa e tornam-se mais caseiros.
Ao mesmo tempo em que melhora a qualidade de vida do animal, a castração previne o abandono. Em seis anos, uma cadela e seus descendentes podem gerar cerca de 60.000 filhotes – estimativa que aumenta muito quando se trata de gatos.
“Por mais bem-vinda que seja a cria, os donos não dão conta de cuidar desses animais e seu destino acaba sendo a rua e o sacrifício”, analisa Marco Ciampi, Presidente da ARCA. O Centro de Controle de Zoonoses de São Paulo recebe e recolhe das ruas diariamente cerca de 200 animais, dos quais a maior parte é exterminada. “Uma das formas mais eficazes de reduzir o abandono e garantir uma vida digna aos animais é conter o crescimento das populações por meio da castração sistemática”, afirma Ciampi, que, com a realização de programas de controle populacional e de congressos pela ARCA, foi um dos precursores na defesa da esterilização como um dos principais fatores da Posse Responsável de Animais Domésticos.
VETERINÁRIOS: PAPEL SOCIAL
O controle populacional de cães e gatos também é importante para manter o equilíbrio entre as espécies e conter as zoonoses ... Veterinários engajados e com visão mais abrangente dos problemas, costumam cobrar taxas acessíveis para operar gatos e cachorros. São profissionais especializados em técnicas que possibilitam castrar mais de 20 animais por dia. “Ao adotar esse sistema, os veterinários estão cumprindo um grande papel social e permitindo o acesso a uma nova clientela inexplorada”, diz o Dr. W. Mackie, veterinário americano, que realiza de 40 a 50 castrações diárias em Los Angeles, EUA. Sua técnica foi apresentada no Brasil durante o I Congresso de Bem-Estar Animal, organizado pela ARCA Brasil em 1997 (que possui um vídeo com as “TÉCNICAS CIRÚRGICAS de O.S.H” do Dr. Mackie e outro das Drªs. Julia Matera e Angélica C. Tatarunas, da USP, “CASTRAÇÃO ANTES DA PUBERDADE: TÉCNICAS CIRÚRGICAS E VANTAGENS”)...
DESFAZENDO OS MITOS DA CASTRAÇÃO
- O animal castrado na idade adulta não engorda; apenas precisa de menos alimento e mais exercício até que ele se acostume com a sua nova condição fisiológica.
- A cirurgia, feita sob anestesia geral é indolor.
- Em 1 ou 2 dias o animal retoma as atividades normais.
- É importante castrar fêmeas e machos.
- Machos castrados não perdem o instinto de proteger o território. Apenas deixam de urinar pelos cantos e de procurar fêmeas para cruzar.
- Fêmeas não precisam ter a primeira cria antes de serem castradas.Procriar não é sinônimo de saúde.
- Quanto antes o animal for castrado, menores os riscos de desenvolver doenças, principalmente as relacionadas ao sistema reprodutor.
Por Juliana Motter
A palavra castração assusta. Não é raro o termo ainda ser ingenuamente associado à mutilação gratuita e à crueldade. Comprovações cientificas, entretanto, desmentem o preconceito e mostram que a esterilização previne vários problemas de saúde em animais domésticos. “Em cadelas, a cirurgia diminui os riscos de doenças uterinas e, se feita antes do primeiro cio, praticamente exclui o risco de câncer de mama”, explica a médica veterinária Rita Garcia, assessora do Programa Saúde Animal da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo. “Já nos machos, evita a hiperplasia da próstata e a ocorrência de tumores de testículo”, alerta Dra. Rita. A castração também poupa o animal de algumas reações instintivas ligadas ao sistema reprodutor. Os machos ficam mais tranqüilos, pois deixam de produzir hormônios sexuais, que geram constantes inquietações decorrentes da impossibilidade de cruzar.
As vantagens da castração também se estendem aos gatos. As fêmeas não entram no cio, ficam menos propensas a problemas no sistema reprodutor e apresentam comportamento mais estável. Os machos perdem o hábito de urinar pela casa e tornam-se mais caseiros.
Ao mesmo tempo em que melhora a qualidade de vida do animal, a castração previne o abandono. Em seis anos, uma cadela e seus descendentes podem gerar cerca de 60.000 filhotes – estimativa que aumenta muito quando se trata de gatos.
“Por mais bem-vinda que seja a cria, os donos não dão conta de cuidar desses animais e seu destino acaba sendo a rua e o sacrifício”, analisa Marco Ciampi, Presidente da ARCA. O Centro de Controle de Zoonoses de São Paulo recebe e recolhe das ruas diariamente cerca de 200 animais, dos quais a maior parte é exterminada. “Uma das formas mais eficazes de reduzir o abandono e garantir uma vida digna aos animais é conter o crescimento das populações por meio da castração sistemática”, afirma Ciampi, que, com a realização de programas de controle populacional e de congressos pela ARCA, foi um dos precursores na defesa da esterilização como um dos principais fatores da Posse Responsável de Animais Domésticos.
VETERINÁRIOS: PAPEL SOCIAL
O controle populacional de cães e gatos também é importante para manter o equilíbrio entre as espécies e conter as zoonoses ... Veterinários engajados e com visão mais abrangente dos problemas, costumam cobrar taxas acessíveis para operar gatos e cachorros. São profissionais especializados em técnicas que possibilitam castrar mais de 20 animais por dia. “Ao adotar esse sistema, os veterinários estão cumprindo um grande papel social e permitindo o acesso a uma nova clientela inexplorada”, diz o Dr. W. Mackie, veterinário americano, que realiza de 40 a 50 castrações diárias em Los Angeles, EUA. Sua técnica foi apresentada no Brasil durante o I Congresso de Bem-Estar Animal, organizado pela ARCA Brasil em 1997 (que possui um vídeo com as “TÉCNICAS CIRÚRGICAS de O.S.H” do Dr. Mackie e outro das Drªs. Julia Matera e Angélica C. Tatarunas, da USP, “CASTRAÇÃO ANTES DA PUBERDADE: TÉCNICAS CIRÚRGICAS E VANTAGENS”)...
DESFAZENDO OS MITOS DA CASTRAÇÃO
- O animal castrado na idade adulta não engorda; apenas precisa de menos alimento e mais exercício até que ele se acostume com a sua nova condição fisiológica.
- A cirurgia, feita sob anestesia geral é indolor.
- Em 1 ou 2 dias o animal retoma as atividades normais.
- É importante castrar fêmeas e machos.
- Machos castrados não perdem o instinto de proteger o território. Apenas deixam de urinar pelos cantos e de procurar fêmeas para cruzar.
- Fêmeas não precisam ter a primeira cria antes de serem castradas.Procriar não é sinônimo de saúde.
- Quanto antes o animal for castrado, menores os riscos de desenvolver doenças, principalmente as relacionadas ao sistema reprodutor.
