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A História de Laila

Escrito por Portal Nosso Mundo.

A linda história de Laila!
Por sua mamys Marcia.

"Quando mamãe e papaula vieram me buscar na casa da Mônica, eu era uma bolinha pretinha e desajeitada que cabia na palma da mão. Lembro que papaula me olhou nos olhos quando eu cheguei. Ela ainda não sabia, mas meus olhinhos de jabuticaba eram a porta de entrada da casa de Deus. Mamãe sorriu discretamente ao me ver abanar de alegria, mas ela não podia permitir nenhum contato mais fraterno entre nós. Mamãe era daquelas que relutara muito ante a ideia de me ter. Para ela, eu era apenas alguém que perturbaria os vizinhos e sujaria a casa. Ah... Como mamãe era boba! Ela ainda não sabia. Ela nem imaginava que, daquele momento em diante, nossas vidas estariam ligadas para sempre. Ela não sabia, mas aquele foi um reencontro de almas. Eu e ela, e toda uma história que voltaria a ser nossa.

Pelo que me contaram, papai e juju ficaram no carro esperando por mim. Juju tinha medo de me tocar, e papai mais medo ainda do que estava por vir. Eles também não sabiam, mas eu deixaria a minha marquinha no fundo mais fundo dos seus corações.


Foram tantos os momentos inesquecíveis que eu tive nessa vida! Tantas coisas que deixei ali e que hoje são só lembranças... Meu primeiro banho desastroso, a primeira noite de latidos e choros, meu primeiro brinquedinho e também a caminha de bichinho que eu nunca dormi. As vezes em que papai dormia com o braço estendido só para me proteger. E outras tantas em que ele e mamãe ficaram sem cobertor. O dia em que juju e papaula me ensinaram a pular nas camas e sofás. Minha primeira internação na clínica. Meu primeiro dentinho de leite que caiu. A primeira tosa. O primeiro cio. Meu ritual na chácara. Minhas manias de andar por todos os cantos da casa. O dia em que fiquei sozinha pela primeira vez. O dia em que prometeram nunca mais me deixar ficar. O meu primeiro aniversário. A primeira vez em que vi o mar. Meus chorinhos de manha. Meus chorinhos de dor. Minhas risadas que eram puro olhar. E outras tantas que eram abanar de espanador. As pedrinhas que eu escondia na terra. As pedrinhas que eu adorava desenterrar. As comidinhas que eu devorava no prato. As comidinhas que eu devorava em qualquer lugar. Todos os apelidos que a papaula me dava. Todos os nomes que gostavam de me chamar. A minha empolgação com a palavra “passear”. Os mosquitinhos que eu adorava caçar no ar. A colerinha vermelha. A colerinha de strass. Todos os meus laçinhos. Todas as economias do meu cofrinho. Meus pêlos, meus cheiros, o meu jeitinho de andar. A minha espreguiçada em todas as manhãs. O meu jeito carinhoso de acordar... Eu gostava muito da vida. E gostava mais ainda de estar com a minha família, não importava o lugar.


Hoje escrevo daqui de cima, de um lugarzinho que tantas vezes ouvi chamarem de céu. Tio Max falou que agora sou um anjinho. Um anjinho de asas invisíveis. Gosto do cheiro das nuvens e das estrelinhas, e da graminha molhada que cresce verdinha no jardim. Às vezes lembro de quando eu brincava na terra, lá na chácara, enterrando e desenterrando pedrinhas. Eu também fazia a minha ronda noturna, só para assegurar que estava tudo bem. Papai era o que mais gostava de me ver correndo solta por aí, adubando a terrinha, regando as plantinhas, vivendo feliz do meu jeito simples e peculiar.


Quer saber, eu realmente fui uma cachorrinha feliz! E se hoje guardo com carinho a minha família, no meu esconderijo secreto, guardo também as lembranças de uma história que ajudei a escrever sem palavras, mas com muito amor. Acho que meus olhinhos falavam por mim...

Sei que cumpri a minha missão entre aqueles que amei e que para sempre vou amar. Ás vezes a saudade aperta, mas eu não vou fazer manha e também não vou chorar.  Vou fazer o que ensinei a eles, nesses treze anos, quatro meses e vinte e seis dias... Eu vou esperar. Esperar o dia de pular de alegria e dar saltos malucos. Esperar a hora do reencontro. Um dia, mamãe falou que todo mundo vai voltar pra Laila. Um dia, eu sei, todo mundo vem me buscar."



Esta é a história de um anjinho lindo que encantou em vida e agora, após ter cumprido a sua missão na terra, brilha e ilumina todo o céu.
Laila foi uma princesinha, muito amada e que trouxe plena felicidade para sua família humana.
Ela viverá eternamente na saudade e no coração daqueles que a amaram por toda a sua vida!
Até mais linda Laila, na certeza de que um dia, nos reencontraremos no lugar mais lindo de todo o céu: a Ponte do Arco-Íris.

Um lambeijo carinhoso do Léo e da Tinna.



"Quando os cães vão para o Céu, não necessitam asas porque Deus sabe que eles preferem correr.
Ele lhes dá campos.
Campos, campos e campos. Assim que um cão chega ao Céu ele só corre.
O paraíso dos cães tem grandes lagos de águas claras cheios de gansos que cantam, que batem suas asas e que brincam.
Os cães se encantam...correm ao lado da água e latem, latem e Deus os vê por detrás de uma árvore e sorri.

Ali há crianças, por certo, meninos anjos. Deus sabe que os cães amam muito as crianças mais que tudo no mundo,
portanto, Ele enche o Paraíso dos Cães com muitas crianças.
Há crianças de bicicleta e empinando pipas através das nuvens, outras brincando com bonecas e casinha.... "

Conheça Laila na Ponte do Arco Íris clicando aqui.

Deixe seu recadinho para a linda Laila!

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