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A História de Preta Gil

Escrito por Portal Nosso Mundo.

Olá Amigos. Meu nome é Preta Gil, e essa é minha história!
Eu sou uma vira-lata! Mas sou tudo de bom!

"Minha história não é alegre, mas também não é triste, porque do mesmo jeito que eu sofri muito, também encontrei quem me amasse e me protegesse. Quando pequena, assim que parei de mamar, me deram para um moço que procurava um cão de guarda. Ele morava numa casa que ainda estava sendo construída e não tinha muro, portanto ele precisava de um cão que ao menos avisasse quando alguém se aproximava!!! Para eu não fugir, me prendia numa corrente, que eu detestava porque me machucava. Então quando tinha chance, eu fugia mesmo!

Numa dessas fugas, eu descobri a mamãe Fátima, que mora num condomínio do outro lada de uma rodovia que passa em frente da casa que eu morava. Ela me deu carinho e atenção, mas o meu dono apareceu e eu tive de voltar. Não desisti! Queria fugir e voltar para vê-la de novo, mas dei azar e fui atropelada... me machuquei muito!!! Mal cheguei na casa da mamãe Fátima!! Ela me recolheu e levou para o veterinário, fiquei curada, apesar das cicatrizes e ter ficado meio tortinha...

Infelizmente, os cães da mamãe Fátima são muito grandes e não gostaram muito de mim, e a veterinária descobriu que eu acabei engravidando enquanto estava na rua. A mamãe disse que não iria deixar eu voltar para a rua, então eu fiquei dentro de casa, sem poder sair, mas com todo amor. Tive meus filhotes, a mamãe arrumou um lar para eles, os 3 juntos! E a mamãe me castrou!

A minha veterinaria, arrumou um moço para ser meu papai, eu gostei dele. Ele me levou para a casa dele e me deu um bando de coisas, eu estava muito feliz lá. Mas ele teve de se mudar às pressas e me deu para um vizinho, que não me tratou com o mesmo amor... Fugi e atravessei a cidade quase toda até chegar a casa da mamãe. Foi quase 1 mês de caminhada, quase morri, mas cheguei... magra, machucada, fraca, mas cheguei!


A mamãe disse que não deixaria mas ninguém nos separar, não suportaria se eu tivesse que passar por tudo isso de novo!!!

Mas um dia ela saiu de casa e me deu uma vontade danada de fazer xixi, não quis fazer dentro de casa e pulei a janela para fazer no quintal. Meus irmãos (os outros cães da mamães) me viram e se eu não consigo voltar... eles me matam! Fiquei toda machucada! De novo fui para o veterinário e melhorei.

Passaram alguns meses e a mamãe adotou uma filhotinha vira-lata, eu adorei! ela brincava comigo e a gente se divertia. Só que um dia eu me esqueci e saí correndo atrás dela para o quintal, nem percebi que a mamãe não estava junto para me proteger. Dessa vez não teve jeito, eles me pegaram e quase me mataram, entraram na casa atrás de mim e a mamãe não conseguia separar... quando ela conseguiu tirar todos de cima de mim, eu estava quase morta.

De novo para o veterinário... Isso foi a cerca de 3 semanas antes de minha tia veterinária conversar com a minha nova mãe. Minha nova mãe, mamãe Valesca, contou para a a tia Lúcia que queria adotar outro cãozinho, para fazer companhia à minha irmã, Lize, e para ajudar algum cão de rua... já que aqui tem muitos. Tia Lúcia não pensou 2 vezes!

Sabendo que as minhas 2 mamães eram amigas, imaginou que a adoção seria mais fácil e era uma ótima chance de eu ter um lar sem precisar ficar presa dentro de casa. Minhas mães toparam, apesar de a mamãe Fátima quase morrer de saudade de mim, ela tem medo do que pode acontecer se os seus outros filhos me pegarem de novo. Então prefere assim...

Já a mamãe Valesca e o meu novo pai, já se apaixonaram por mim. Eu não sou o que eles queriam, eles preferiam:
♥ um cão do tamanho + ou - da minha irmã (ela tem 4,8 kg e eu 23,6 kg)
♥ um cão mais velhinho, para quando não ficarmos as 2 velhinhas ao mesmo tempo, alguém com mais de 5 anos. Eu tenho 3!
♥ queriam um cãozinho que realmente não tivesse casa, eu tinha.
♥ ao menos.... queriam uma fêmea e isso eu sou.
Agora é só torcer para dar tudo certo!"


Amigos, essa é a comovente história de Preta! Quando li o perfil dela, não tive dúvidas, sua história precisava ser contada, e divulgada.
Então, fui até ela, e ela permitiu que contássemos sua história aqui, Pois nos mostra o carinho que nós, animais temos por nossos humanos...
Preta se arriscou, foi atropelada, fugiu, andou exausta por dias e dias, possivelmente com fome, frio e dor.
Atrás de alguém que lhe desse simplesmente AMOR.
Amigos, será que precisamos implorar por amor? Não deveríamos, não é?
Mas Preta foi até o final, e teve sorte de ser correspondida!

Obrigado, Mamãe Fátima, Tia Veterinária, Mamãe Valesca, Tia Lúcia...
Obrigado por terem acolhido a Preta com o coração, e dado á ela a chance de ser feliz!
Nós, os animais, agradecemos por existirem humanos como vocês!!

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