Oi gente.

Estou aqui pra contar a história do meu neném, que é um exemplo pra todos nós seres humanos (como todos os outros peludos)!Eu sempre quis ter um cachorro, desde pequenininha, mas nunca pude. Com meus quinze anos fui conseguir meu primeiro cão. Como eu tenho alergia, estavamos procurando um cão com pêlo de tosa, até então eu não conhecia nenhuma ong de proteção para adoção e tudo mais. Encontramos um anúncio na internet e fomos atrás, achando que encontraríamos um lugar lindo cheio de poodles, mas foi uma decepção. O Romeu, único filhotinho, estava no meio de uma sujeira incrível num corredor com mais dois poodles, cheio de fezes e sem comida, com apenas 45 dias de vida! Ele veio literalmente se arrastando e pulou no meu colo, como se pedisse socorro. O rabinho já estava mutilado, minha mãe me olhou horrorizada.

Depois de um tempo conversando com a "dona", minha mãe me chamou num canto e perguntou: você quer mesmo levar? Eu não poderia deixa-lo! Ele era um cãozinho pequeno, com dias de vida e extremamente debilitado. Minha mãe reclamou com a mulher e ainda tivemos que pagar para levar o Romeu (não me arrependo, ele estaria morto hoje)! Ela disse que para leva-lo teríamos que dar ao menos R$130,00, pois foi muito caro para cortar o rabo dele (mutilação!) Claro que logo depois a mulher teve o que mereceu de acordo com a lei, não terá mais cria com nenhum cão!

Enfim, chegamos em casa e, mesmo sem poder, tivemos que dar um banho nele. No primeiro dia ele estava tomando banho, porque tinha vários carrapatos por todo o corpo, inclusive no ânus, e piolho também. O veterinário, quando o levamos, deu três meses de vida pra ele. Ele tomou vermífugo e soltou verme por todos os lugares, inclusive pelo nariz. Podíamos ver os vermes andando pelo olho dele! Na primeira vacina, ele ficou prestes a morrer. Não andava, não comia, apenas vomitava o dia todo. Não tinha forças para nada. Era apenas um filhotinho de um mês e meio, muito frágil que precisava mais da minha ajuda que qualquer outro ser!

Eu estava em depressão, tomava remédios controlados. Como sempre fui sozinha, ele era como se fosse meu único amigo, o melhor de todos. Cuidei e chorei com eles por dias e semanas, até que ele melhorasse. Apesar das poucas esperanças, nunca desistimos dele. Depois desse acontecimento, conheci ONGS de proteção animal e comecei a ajudar outros peludos. Em uma das fotos, a com a Emília e o Visconde, o Romeu está em uma das feiras de adoção de animais de uma ong aqui de Taubaté-SP. O Romeu me ensinou tudo isso, Me ensinou que cães sofrem, que existem muitos abandonados e que vida e amigos não são compráveis. Animais não são comércio!

Hoje ele tem um ano e meio, está super forte, lindo, castrado e com as vacinas em dia! Nunca mais teve nenhum carrapato ou pulga e de seis comprimidos que eu tomava por dia, hoje tomo dois! Isso é graças à ele! O Romeu, meu príncipe, me ensinou o que é viver! Ainda pequenininho, nunca conheci um ser com um coração tão grande! Ele lutou pela vida nos três primeiros meses, eu estive com ele em todos os momentos, mas seria uma mentira dizer que eu o salvei, pois foi ele quem me salvou e me fez um ser humano melhor!

Espero que a história dele abra os olhos de outras pessoas que vão atrás de cães de raça para comprar, mostre pra outras pessoas a crueldade que é esse comércio de vidas! O valor de um amigo não se conta em dinheiro!

Beijos e muita paz!

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